Arquivo para outubro \17\-02:00 2012

Munição

Queimam na carvoeira vestígios de heresia
falemos de amor
falou do sol, é poesia

Queima no chão os vestígios da luta
e o sangue deixado não se poe em museu.
Queima o rastro de sangue do caminho.
A guerra se torna deliciosa para quem a batalha perdeu.

Flores russas e tanques de serpentinas
granadas de céu de Réveillon
bombas caseiras de serotonina
espadas e estouros de Frisson.

Diga não ao regime militar de guerra.
Diga não ao que incomoda a terra.
E ao fascismo dos ricos. Ao fascismo dos pobres.
Diga não às causas dos nobres.

Diga sim às armas modernas.
Diga sim à guerra de paz.
Como guerras munidas de letras.
Como letras que não escrevo mais.