Primavera Carioca

Está chegando o Sol.
E ao teu nascer, nascerão motivos para brilhar.

De hora em hora, criaremos uma era.
De flor em flor, criaremos primavera.
De sim em não, uma nova verdade
De rua em rua, freixaremos a cidade.

Não me venha com choque de ordem! Pois com tua ordem, não tem progresso.
Não toque na minha harmonia.
Não erga o teu decreto.
Não mexa na minha barraca, pois tua sujeira é a minha luta.
Eu vou te entristecer
Mas ser livre, não é ser puta.

Somos todos autódromo
Somos todos rebelião
Estamos sendo removidos
Para os que vêm do Galeão

Não me venha fazer espetáculo, pois teu teatro não é cultura.
Não venha derrubar minha casa e depois me bater por dormir na rua.
Não privatize o meu sangue, não me troque por Paris.
Não me venda por quinze réis e não pense que estou feliz.

E hoje eu decreto: Revolucionarei.
Minha bandeira está erguida, como as flores que plantei.
Como os jovens que vi crescer e os filhos que eduquei.
Que meus santos abençoem
O coração desta terra.
Meu nome é Rio de Janeiro
E está é a minha primavera.

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